AFLIGES-TE
Emmanuel/Chico Xavier
AFLIGES-TE com a vizinhança do parente menos simpático.
Esqueces-te, no entanto, dos que vagueiam sem rumo.
AFLIGES-TE com leve dor de cabeça que o remédio alivia.
Esqueces-te, porém, dos que carregam a provação da loucura na grade dos manicômios.
AFLIGES-TE por perder a condução, no momento oportuno.
Esqueces-te, entretanto, dos que jazem detidos em catres de sofrimento, suspirando pelo conforto de se arrastarem.
AFLIGES-TE pelo erro sanável da costureira, na vestimenta que encomendaste.
Esqueces-te, contudo, daqueles que ostentam a pele ultrajada de chagas, sem se queixarem.
AFLIGES-TE em casa porque alguém te não fez o prato de preferência.
Esqueces-te, todavia, dos que varam a noite, atormentados de fome.
AFLIGES-TE com as travessuras do filhinho desajustado.
Esqueces-te, contudo, das crianças perdidas, ao sabor da intempérie.
AFLIGES-TE por insignificantes deveres no ambiente doméstico.
Esqueces-te, porém, dos que choram sozinhos, no leito dos hospitais.
AFLIGES-TE, tantas vezes, por bagatelas!...
Fita, no entanto, a retaguarda e, reparando as aflições dos outros, agradecerás ao SENHOR a própria felicidade que não conseguias ver.
EMMANUEL.
Texto extraído do livro: "O Espírito da Verdade"
Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira
Um comentário:
oi.
é uma grande verdade, nos afligimos por muitas vezes por bobagens, quando temos tudo, se olharmos os irmãos bem menos favorecidos e com problemas ainda tão maiores que os nossos.
beijo
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